A Igreja do Brasil no Concílio Vaticano II
Um Concílio diferente
— O maior concílio da história: 2.450 padres conciliares
— Um concílio que, apesar de ensinar a sã doutrina, não foi dogmático, nem de condenações: um concílio pastoral.
◦ “Nos nossos dias, porém, a esposa de Cristo prefere usar mais o remédio da misericórdia que o da severidade; julga satisfazer melhor às necessidades de hoje mostrando a validez de sua doutrina que condenando erros.”
João XXIII
(Discurso GaudetMaterEcclesia, VII,2, 11 de outubro de 1961)
E a Igreja do Brasil estava lá...
— No Concílio Vaticano I participaram apenas 7 dos 11 bispos brasileiros (o número total de padres conciliares foi de 744)
— No Concílio Vaticano II participaram 243 bispos brasileiros (cerca de 80% do episcopado nacional foi a Roma)
E o Maranhão estava lá...
— O Bispo do Maranhão, Dom Luiz da Conceição Saraiva, OSB, em 1869, não participou do Concílio Vaticano I por motivo de doença.
— No Concílio Vaticano II, porém, participaram 12 bispos maranhenses – dos quais 11 foram a Roma.
Província Eclesiástica do Maranhão em 1965
— Arquidiocese de São Luís do Maranhão
— Diocese de Caxias
— Diocese de Viana
— Prelazia de Grajaú
— Prelazia de Pinheiro
— Prelazia de Balsas
— Prelazia de Carolina
— Prelazia de Cândido Mendes
Bispos maranhenses no Concílio
— Dom José de Medeiros Delgado, arcebispo de São Luís de 1952-1963
— Dom João José da Motta e Albuquerque, arcebispo de São Luís de 1964-1984
— Dom Luiz Gonzaga da Cunha Marelim, CM, bispo de Caxias de 1941-1981
— Dom Amleto de Angelis, MSC, bispo de Viana de 1963-1967
— Dom Felipe Benício CondurúPachêco, bispo resignatário de Parnaíba e titular de Decoriana, residente em São Luís desde 1959
— Dom Antônio Batista Fragoso, bispo titular de Ucres e auxiliar do arcebispo de São Luís, de 1957 a 1964
— Dom Frei Emiliano José Lonati, OFMCap, bispo prelado de Grajaú, de 1930 a 1966
— Dom Afonso Maria Ungarelli, MSC, bispo prelado de Pinheiro de 1948 a 1975
— Dom Guido Maria Casulo, bispo auxiliar do prelado de Pinheiro de 1963-1965, bispo prelado de Cândido Mendes de 1965 a 1985
— Dom Frei Cesário Alexandre Minali, OFMCap, bispo prelado de Carolina, de 1958 a 1969.
— Dom Frei Adolfo Luís Bossi, OFMCap, bispo coadjutor do prelado de Grajaú, de 1958 a 1966, e bispo prelado de Grajaú de 1966 a 1970.
— Dom Diogo Parodi, FSCJ, bispo prelado de Balsas, de 1959 a 1965.
Uma experiência renovadora
— Os bispos brasileiros ficaram, em sua maioria, num mesmo lugar: Domus Mariae (Ação Católica Feminina)
— Foi um tempo intenso de palestras, conferências, encontros com os maiores teólogos da Igreja: “o melhor curso de atualização teológica que já tivemos”, disseram alguns bispos.
— Tempo de reflexão sobre a Igreja no Brasil e planejamento: Plano de Emergência e Plano de Pastoral de Conjunto
Três tendências
— Havia três posições entre os bispos:
◦ “Progressistas” – Ecumênico; Jesus a Igreja e os Pobres;
◦ “Conservadores” – CoetusInternationalisPatrum
◦ “Moderados” – a imensa maioria
— Também foi assim com o episcopado brasileiro e maranhense
◦ “Progressistas” – Delgado, Fragoso, Motta, Ungarelli
◦ “Conservadores” – Marelim, Condurú, Bossi.
No retorno, recepção do Concílio
— A recepção (aplicação) do Concílio Vaticano II começou ainda em Roma
◦ Assembleia da CNBB
◦ Plano de Pastoral de Conjunto
◦ Renovação Litúrgica
◦ Colegialidade
— Ao chegarem a suas dioceses, os bispos procuraram dar vida aos textos conciliares (... ou não).